terça-feira, 27 de dezembro de 2011

assim e assado

se você soubesse o quanto é ruim
gostar de você assim
gostar de você assado

se você soubesse o quanto me faz
querer vestir o vestido novo
e se você gostar, usá-lo de novo e de novo

se você soubesse que perco tempo escolhendo
o nome dos nossos filhos
a cor do primeiro apartamento

se você soubesse o quanto é clichê
gostar de você
eu não teria tanta vergonha de dizer
o quanto é clichê

se eu soubesse
que você já sabia
como é que seria
se você soubesse

too young to live, too young to die

Well they think that my smile is fake
Because of all the sad things I usually say

But I've never been happier than now
And, baby, don't ask me why
Maybe I'm too drunk to find out

Oh they think I'm too young to know about anything
But I'm old enough to know they're right

But I've never been more clever than now
And, baby, don't ask me why
Maybe I'm too drunk to find out

domingo, 18 de dezembro de 2011

Nada demais

A não ser que se interesse pelo meu sorriso, eu não tenho nada de interessante pra lhe mostrar. Não sou nada de inusitado ou original, minha alma é um conjunto de fragmentos de outras que me inspiraram algum dia. Eu sou o que já foram antes, o que já falaram e o que já fizeram. Um já constante. Uma refacção.
Ao invés de tentar saber o que vou dizer a seguir, decifre meus olhos. Estes, juntamente com meu sorriso, são a única coisa de minha autoria. Não confie em minhas palavras, elas estão sempre a se confundir... Eu lhe prometo toda a sinceridade que houver, mas antes eu quero confiar em você. Porque, assim como eu, você não é novidade. Eu quero me encantar, não deixem seus olhos entrarem em contradição.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Velha

Engraçado quando me chamam de velha. Chegam a dizer que penso, ajo e visto como uma. Engraçado. Mal sabem estes que uma velha não sofre por tão pouco. Uma velha já descobriu o segredo da vida, e eu... Eu nem aprendi a diferenciar a parte ruim da boa. Uma velha não teria medo de aprendê-lo. Eu ainda me preocupo se o que eu sinto se estenderá. Mal suporto um presente, quem dirá um passado inteiro! Não nasci para viver pra sempre.

Hoje eu o vi passar.
E está tudo bem, obrigada. Só que ao contrário.
Quem me dera eu fosse mesmo velha e ganhasse alguns quilos de coragem, quiçá maturidade pra saber enfrentar calada.
Ah, maturidade...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Mama give me one more coffee

I wasn't born to live forever
I don't even deserve
And my heart is too fragile
Oh my heart is so fragile
Please mama make me one more coffee
That's all I'm asking for
Because there's a long way to the end
You know there's such a long way
And I don't even want to wait
I don't even want to stay
So mama give me just one more coffee
Cause there's a long way

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

cliché

as cliché as it seems
that's how I've been feeling
and there is nothing you can do
there is nothing you're supposed to change

cuz there's too much noise outside here
there're so many people by my side
but I'm still alone

domingo, 16 de outubro de 2011

Toc, toc, toc

E então depois que você se encheu até a tampa, simplesmente decide correr. Pra que retardar as coisas numa situação em que o tempo não ajuda em nada?
Toc, toc, toc fazem seus sapatos. Ofegante, decide parar. Descansa. Toc, toc, toc. Quem estaria atrás de você? Olha ao redor e não vê nada. Olha de novo, nada. Como sempre, você está sozinho.
O melhor a fazer quando se vai tão longe é esperar que alguém algum dia te alcance. Mas será mesmo que tem alguém vindo nessa direção?
Toc, toc, toc. É só você correndo de volta.
Era só você confundindo tudo denovo.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Da boca pra fora

Tantas palavras, da boca pra fora. Talvez ele nem tenha a intenção de magoá-la, mas ela não entenderia. Ele sempre o faz, involuntariamente ou não, sempre inexpressivo. Da boca pra fora. São tantas contradições que eu, que os observo há tantos anos, já perdi minhas anotações. Quem estaria certo, afinal? Bastava que às vezes parassem pra pensar antes de colocar pra fora aquilo que não significa nada.

sábado, 10 de setembro de 2011

Um lugar pra um boêmio

Esse boêmio que acreditava sempre ter aonde ir, já não era suportado por aqueles bares. À flor da idade, ele parecia ser muito pra aquilo. Às vezes, muito pra si mesmo.
Suas promessas válidas logo me cativaram, por assim mesmo serem. Ele é uma dessas pessoas que falam somente a verdade, até quando mentem. Seu orgulho não me deixaria descobrir, de qualquer forma. Melhor assim.
E o álcool que regava seu sangue levava seu ego aos mais altos pódios. Eram como doses de honra.
Naquela noite ele me deixou desconsertada. Fosse meu sono ou embriaguez, não pude competir com aquelas palavras.

Talvez o jovem boêmio só queira ter aonde ir.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Minh'alma

Eu quero que suguem minha alma. Agarrem-na. Interroguem-na. Decifrem-na. Descubram o que precisa, não somente o que deseja, e o tornem realizado. Interpretem-na com intensidade. Quero que sintam de suas emoções, provem de seus medos, testem seus limites, argumentem suas dúvidas. Façam-na, ainda, contradizer-se.
Interessem-se profundamente. Conheçam-na.
E então, façam-na ser. Deixem-na ir.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Mr. Loneliness

dear Mr. Loneliness
why did you leave me here alone?
now I'm afraid my love is gone
please promise me you're coming back

i wish i didn't wake up yesterday
cause I was dreaming with those days
those sunday nights he used to sing above my ears
telling me we'd be married in some years
but now i'm here just by myself
and he now sings to someone else

oh dear Mr. Loneliness
why did you leave me here alone?
now i'm afraid the light is gone
please promise me you'll bring it back

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Eterna espera

Vocês, aí, tão iguais, e eu ainda tentando diferenciá-los...
Talvez o problema esteja mesmo comigo. Talvez eu esteja no tempo errado, no lugar errado... Mas eu estou é aqui, e agora, não estou? E perdi tanto tempo procurando sentidos e respostas que até já me esqueci das perguntas. Já não lembro se elas alguma vez existiram.
Queria mesmo era não acordar daquele sonho onde o cara perfeito cantava a música perfeita aos meus ouvidos.
Não, queria mesmo era poder não esperar, não cobrar, que situações como essa se tornassem reais.
Só queria não esperar tanto, e de tantos.
Vocês, aí, tão diferentes, e eu ainda tentando igualá-los...

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Tears

My tears, they dont fall because it's all wrong
They're just, maybe, healing up my wounds
They just, maybe, remember us that the pain has gone

And it's all ok now
My tears are just making me calm down
And then I can sleep again

I really would like to stop thinking about you before I sleep
I really would like to stop thinking about you, thinkin' about us

If you'd tell me you think about me too
I could stop crying
If you'd tell me you think about me too...
For you I could cry again and again

http://www.youtube.com/watch?v=DLUekUXtmcw

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Pause

Como você pode me conhecer, se nem eu tenho como saber se sou assim mesmo?
I'd like to give myself a pause...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Vocês, os outros e eu

Vocês pagam pau por muito pouco e, ao mesmo tempo, ridicularizam todo o resto. Ridicularizam até aqueles outros que não concordam que todo o resto é assim tão ridículo. Vocês mal percebem que esses outros talvez paguem pau pro teu ridículo e achem ridículo o que vocês acham legal. E é assim que vocês se tornam cegos, acreditando serem os donos da verdade. Logo da verdade, que (percebam!) não é nem de vocês, nem dos outros. É de nada nem ninguém, ela.
Mas vocês, vocês só se importam com vocês. Se importam com tão pouco. E o resto é ridículo, e os outros são desprezados. Vocês são um só e nem pensam em assim não ser. Vocês deviam ser mais vocês.
E eu... eu cansei de vocês. Queria fugir pra algum lugar onde não houvessem vocês, onde houvesse nada. Queria mesmo fugir! Queria fugir, mas não posso: sou uma de vocês. Sou vocês, vocês são eu e nós somos um. E eu... eu cansei de vocês. Cansei de mim.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Insegurança

Sou tão insegura quanto sou eu. Metade de mim é insegurança e a outra metade eu não vou falar pois tenho medo de você não gostar. Sou assim. E se você não gostar, vou continuar a me desculpar, por mais certa que eu esteja, por mais que você não precise saber ou tenha nada a ver. E se você não gostar, eu posso até fingir que não ligo, o que a noite prova que é mentira, já que ela se vai sem me deixar dormir. E se você não gostar, eu não vou me arrepender, mas posso me frustrar. Eu não quero ser perfeita, mais saiba que frustrar-lhe, frustra-me.
E essa coisa de não saber se o que eu falo lhe agrada realmente me desconcerta. E esse desconcerto todo só me acontece com você. Deve ser você...
Devo continuar sem conseguir dormir até descobrir se eu te desconcerto também.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Crise

Isso aqui é uma gaiola... E vocês aí, achando que estão livres, mal percebem que caminham em círculos.
A saída está logo ali.
E a chave... Bem, é o que eu estou procurando.

domingo, 24 de abril de 2011

Lágrimas

Minhas lágrimas não são provas de que as coisas vão indo mal. Talvez elas sejam apenas fórmulas cicatrizantes. Cicatrizam essas minhas feridas que (agora posso ver!) estão aqui pra me lembrar de que está tudo bem. Cicatrizo-as com as mesmas lágrimas que talvez sejam, também, fórmulas tranquilizantes. Então finalmente consigo dormir.

domingo, 17 de abril de 2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Insatisfação eterna

Eu seria mais feliz se pudesse expressar tudo o que vejo, tudo o que ouço, tudo o que percebo, tudo o que sinto. Eu queria poder escrever sobre tudo, todos, sobre meu mundo, sobre nosso mundo, sobre o que existe ou não. Queria conseguir, através de palavras, te fazer enxergar. Quero te mostrar, veja! Não, não! Veja que nem eu!
Não quero ir embora sem que você entenda, através de minhas palavras, o que está acontecendo. Você precisa saber como é! Veja, veja como é bonito! Sinta o que eu sinto! Me compreenda!
Uma pena é que eu já tenho que ir e você, aí, ainda não captou nada.
Continuarei insatisfeita e voltarei sempre aqui até conseguir te mostrar. Sempre.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

1+1=1

Eu adoro quando você entende o que eu quero dizer mesmo que eu não tenha dito nada.
Eu adoro perceber que você me observa concentrado. Adoro mais ainda fingir que não percebo.
Eu adoro não termos mais vontade de falar e nos sentirmos confortáveis ao silêncio.
Eu adoro seu jeito torto e sem graça de dizer que sente minha falta. Eu adoro seu jeito torto e sem graça de evitar dizer que sente minha falta.
Eu adoro seu jeito de concordar, sem muitos exageros, sem forçar. Eu adoro seu jeito de discordar, sem muitos exageros, sem magoar.
Eu adoro quando você me irrita, sabendo que no fundo eu estava certa.
Eu adoraria te dedicar esse texto, se isso tudo fosse real.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Diálogos perdidos

Eu queria conseguir lembrar detalhadamente daqueles nossos diálogos. Lembrar que eu já não lembro tanto deles me faz querer esquecê-los de uma vez, só pra me livrar dessa agonia de saber se eu não te falei nada que, em dias mais normais, teria me constrangido. Pelo menos não eram dias normais.
Não consigo lembrar sobre o que tanto conversávamos. Lembro que eu discordava, e você argumentava, e vice-versa, e então chegávamos a conclusões que modeladamente se encaixavam em ambos. Se foram diálogos produtivos ou não, não lembro.
Queria lembrar.
Mas já faz muito tempo, e não eram dias normais.
Ah, tempo bandido. Vai passando e levando consigo meias lembranças. Porque não as leva por inteiras?
Talvez eu devesse parar por aqui. Tá tudo tão confuso, me trazendo insegurança.

Mas, não, não me deixe parar por aqui. Dialogue comigo denovo.

Quero lembrar. E esquecer. E lembrar.

quarta-feira, 2 de março de 2011

De passagem

Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Mas não me diga isso
Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela parecerá uma lágrima

Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza das coisas com humor
Mas não me diga isso
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto
Isso passa
(...)

Renato Russo

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Feliz

Ela não sabia o que estava fazendo, nem porque estava ali. Tudo o que sabia é que estava bem. Ela não sabia se era hora de ir, se hora de parar, se era hora de recomeçar. Ela não sabia se era errado, se era exagerado; Se era feio ou bonito. Ela não procurava saber. Ela nunca quis saber... Estava feliz daquele jeito. Foi feliz.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Explosão

Eu já não aguento mais fingir que não percebo o jeito que eles me olham. Já não aguento mais fingir que não ligo, nem quero admitir que acabou-se o tempo em que eu não ligava. Agora sou um soldado tentando desligar uma bomba prestes a explodir. Uma bomba de insatisfação, tristeza e... ódio. E aí vem o medo. O medo do abstrato. O medo que, malandro, me faz fugir. E eu já não aguento mais me decidir se ainda quero ficar...
Meus objetivos vão aos poucos sumindo e eu não sei se isso é bom, não sei se isso é certo. Minhas opiniões ficam cada vez mais inconstantes, e já não sei mais no que acreditar. O contraste me perturba. Sou dúvida.
Meu coração e minha consciência pesam. Não deveria ser assim, mas o tribunal da vida não é um cara muito justo. Se é que ele existe...


Escrevi esse texto há alguns meses e só hoje o entendi. Me entendi, pelo menos por parte.


Leveza...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Se a gente soubesse

Se você pudesse esquecer
Você me esqueceria?
Se você soubesse o que dizer
O que você diria?
Se eu pudesse entender
Eu não fugiria

Se eu te pedisse pra ficar
Você ficaria?
Se você pudesse me escutar
Tudo mudaria
Se eu conseguisse me controlar
Eu não te encontraria

Se eu te pedisse pra mudar
Diga-me que não mudaria
Pois eu gosto é de você
E não do que você tem que ser

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

5 minutos de TPM

Sexta-feira. Noite. Sozinha em casa.
Quer dizer, acompanhada do cachorro, que muitas vezes (sempre) vale muito mais do que a maioria das pessoas que conheço. Queria sair por aí, curtir pela noite com a galera. Cadê meus amigos? Ah é, recebi duas propostas de ir pra lugares legais com pessoas legais e... Não fui. Eu quero ficar em casa, descansar, né. Peraí, quero mesmo?
Poxa. Tô me sentindo sozinha, apesar das cinco pessoas me chamando no msn e meu telefone estar tocando. Porque eu não atendo logo isso? Ah, não, não tô a fim de falar com ninguém. Tô a fim de matar alguém, na verdade.
Tô me afundando numa música. Ela me traz lembranças que... estão me fazendo chorar! Porque eu tô chorando? Para, garota... Aí, que programa engraçado passando na tv hahaha Se bem que eu nunca serei bonita que nem aquela mulher do programa. E nunca terei um namorado legal, e nunca me casarei, e nunca terei um emprego digno, e nunca terei filhos, e morrerei cedo e... Caralho, eu sei que isso é balela. Tô até me sentindo aquelas garotas que reclamam de tudo. Não sou assim, sou? Não, não, eu sou legal e a vida é linda. Olha só o meu cachorro que lindo, gente. Paz e amor nos seus corações!!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Adeus, Solidão

Solidão, não me deixe sozinha aqui... Ah, Solidão, não vá!
Você esteve tanto tempo comigo que não sei se me acostumarei a continuar sem você. Não me deixe sozinha! É claro que você me deu um pouco de trabalho, todos sabemos que não é fácil sobreviver aos seus caprichos, mas você já faz parte de mim. Não faz?
Agora não estou mais tão sozinha. E porque você está cada vez mais distante? Ah, Solidão, não vá!
É, Solidão, pensando bem talvez seja melhor para todos nós que você vá embora. Você não poderia ficar esse tempo todo comigo, poderia? Você fica me querendo toda, e assim não dá mais, Solidão, eu já não consigo te dar toda essa atenção...
Já que você e a Liberdade não se dão tão bem, prefiro que você se aloje onde se sinta melhor. É, e não me olhe desse jeito! Até porque a Liberdade não vai embora, não agora. Ela está presa a mim, e é bom que você saiba.
Eu sei que isso não está sendo fácil pra você, mas espero que você entenda que estou sofrendo com a mesma intensidade. Mas, como já foi dito, talvez seja melhor assim.
Ah, então quer dizer que você não voltará nunca mais? Que eu mudei demais?
Oh, Solidão, eu apenas aprendi que o mundo não gira em torno de você. Nem de mim!
Então... Acho que é hora de dizer adeus...
Você foi uma grande companheira. Um abraço da sua amiga Vida

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Gelo quente

Sempre quis saber como seria se eu me apaixonasse. Falo de me apaixonar de verdade, morrer de amores por alguém de carne e osso, veneno e sangue. Por alguém que também morreria por mim. O único modo de morrer sem perder a vida... O mais próximo que cheguei disso foi sentindo as velhas e famosas borboletas na barriga, mas pena mesmo é que elas nunca voaram em mim por muito tempo. Não tenho pressa, só queria saber como é... Mas principalmente como seria! Comigo mesma, a rainha da frieza.

E só de pensar em pensar nisso, me sinto um gelo querendo ser derretido. Pode?