segunda-feira, 28 de janeiro de 2013


E a quem eu quero enganar?
Eu sou meu próprio ódio
A conformação do que rejeito

E aos meus 16
Eu tenho tanta certeza que vou morrer cedo
E assim levanto meu copo ao alto
Mas sonho com uma velhice perfeita
Que já preencho com tantos planos 
Amor e aposentadoria 
Tempo livro para ler
Conselhos pra dar pros netos

E então as circunstâncias se sobressaem à essência

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Eu não vou fingir que não posso escutá-la. Talvez tenha mesmo alguma dificuldade de fazer seu barulho inteligível, e possa se confundir, se esconder entre os gritos e sussurros e as lullabies dos meus sonhos lúcidos. Talvez tenha mesmo se perdido, mas nunca deixou de estar presente. E tudo o que eu menos quero é fazer-me mais uma vez surda, ignorar esta voz, mal interpretá-la, mal aproveitá-la. A voz que carrega agora a palavra final, ou o próximo ponto-e-vírgula: a do meu coração.
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Certas coisas não se explicam, não se cantam, não se desenham. Coisas deste feitio são feitas para serem choradas. É tudo o que resta a elas; é o mais puro vômito do irracional; é a concretização da impotencialidade, da confusão entre a lembrança e a possibilidade, entre o intangível paraíso e o ego.
São essas coisas a essência que nos é intocável e invisível aos olhos, aos ouvidos, aos corações...
Porque, neste momento ou em qualquer que seja, nós somos nós e nossas circunstâncias, essas que subjugam nossos ombros. E nunca seremos tão quanto pesamos...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Leveza

Não, felicidade não traz inspiração, mas, leve, leva. Aos que inspiram os mesmos ares e sonhos, ela chega;  dos que a exalam, leve, ela vai. Se não é levada, é leve, mas leve longe! Leve aos corações desiludidos, leve, como um intocável troféu alheio. Provocando vontade de voar (quiçá cair), levando a, no fim do caminho esburacado por suspiros afiados, encontrar-se, finalmente, na arte.
Assim, leve, inspiradora. Leve-a!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Como Frida

E, como Frida, eu bem que tentei afogar minhas mágoas
Mas as malditas aprenderam a nadar,
Perseguem-me em forma de suspiros
(Porventura saudades)...