terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Feliz

Ela não sabia o que estava fazendo, nem porque estava ali. Tudo o que sabia é que estava bem. Ela não sabia se era hora de ir, se hora de parar, se era hora de recomeçar. Ela não sabia se era errado, se era exagerado; Se era feio ou bonito. Ela não procurava saber. Ela nunca quis saber... Estava feliz daquele jeito. Foi feliz.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Explosão

Eu já não aguento mais fingir que não percebo o jeito que eles me olham. Já não aguento mais fingir que não ligo, nem quero admitir que acabou-se o tempo em que eu não ligava. Agora sou um soldado tentando desligar uma bomba prestes a explodir. Uma bomba de insatisfação, tristeza e... ódio. E aí vem o medo. O medo do abstrato. O medo que, malandro, me faz fugir. E eu já não aguento mais me decidir se ainda quero ficar...
Meus objetivos vão aos poucos sumindo e eu não sei se isso é bom, não sei se isso é certo. Minhas opiniões ficam cada vez mais inconstantes, e já não sei mais no que acreditar. O contraste me perturba. Sou dúvida.
Meu coração e minha consciência pesam. Não deveria ser assim, mas o tribunal da vida não é um cara muito justo. Se é que ele existe...


Escrevi esse texto há alguns meses e só hoje o entendi. Me entendi, pelo menos por parte.


Leveza...