segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

rua dos loucos

e a gargalhada hoje zomba de quem riu
eu bem que disse pra ele não se conformar
e ainda digo: nunca é tarde demais
ele pode ser o próximo a alguma coisa mudar

e como um cego discutindo sobre racismo
ele pode nunca compreender
ah, meu menino, eu sempre disse e sempre vou dizer
você pode ser o próximo a alguma coisa mudar

dizem que ele se perdeu na rua dos loucos
dizem que fecharam o caminho pra sair
será?

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Balões

Balões. Eu quero futucá-los até que estourem. Ou até que decidam estourar. Eu quero saber o que trazem. Pode ser que só carreguem ar por dentro, mas podem trazer alguma surpresa. Só sabe-se ao certo quando explodem. Mas todos explodem no final. Não sei o porquê desse medo de voar lá no alto.
Balões. Eu quero futucá-los e chacoalhá-los até que eles mesmo decidam voar mais longe. Uma pena se acharem tão vazios. Se eles mesmo não acreditam que carregam algo, então qual é o sentido de carregar o vazio, qual é o sentido de explodirem no final? Talvez não haja mesmo sentido. Talvez haja só a emoção do ato, do vôo.
Os balões realmente vazios muitas vezes crêem que carregam alguma coisa de valor, e por isso só voam por perto, enquanto os balões que carregam algo o fazem por o terem conseguido voando longe.
Alto ou baixo, vazios ou não, que voem! Que vão até aquilo que os merecem!
E que, finalmente, explodam!

Tic-tac

Há um relógio na minha cabeça
Seu tic-tac só eu posso escutar
Sua contagem é regressiva
E ainda vai demorar pra acabar

Garçom, traz umas doses de tranquilidade
Pr'eu esquecer deste tic-tac

(...)