sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Da boca pra fora

Tantas palavras, da boca pra fora. Talvez ele nem tenha a intenção de magoá-la, mas ela não entenderia. Ele sempre o faz, involuntariamente ou não, sempre inexpressivo. Da boca pra fora. São tantas contradições que eu, que os observo há tantos anos, já perdi minhas anotações. Quem estaria certo, afinal? Bastava que às vezes parassem pra pensar antes de colocar pra fora aquilo que não significa nada.

sábado, 10 de setembro de 2011

Um lugar pra um boêmio

Esse boêmio que acreditava sempre ter aonde ir, já não era suportado por aqueles bares. À flor da idade, ele parecia ser muito pra aquilo. Às vezes, muito pra si mesmo.
Suas promessas válidas logo me cativaram, por assim mesmo serem. Ele é uma dessas pessoas que falam somente a verdade, até quando mentem. Seu orgulho não me deixaria descobrir, de qualquer forma. Melhor assim.
E o álcool que regava seu sangue levava seu ego aos mais altos pódios. Eram como doses de honra.
Naquela noite ele me deixou desconsertada. Fosse meu sono ou embriaguez, não pude competir com aquelas palavras.

Talvez o jovem boêmio só queira ter aonde ir.