sexta-feira, 15 de março de 2013

Cloudy

Às vezes eu fazia chover.
As minhas nuvens eram mesmo muitas, e nem sempre provinham de boas massas. Às vezes eram tão desnorteadas que só me restava agitá-las em ventanias, de modo que me deixassem agarrar uns raios de sol, ou até mesmo nublar de uma vez. Quando isso acontecia, eu fazia mesmo chover. Tempestavam em mim raios de ideias, trovões de dúvidas, dívidas, CABUM! CABUM!, relâmpagos de lembranças, gotinhas inquietas, e, ploc-ploc-ploc, inquietíssimas a molhar o meu coração... Então eu, arduamente, comprimia tudo aquilo em uma expressão de indiferença, e, descalçando meus sapatos encharcados de lágrimas, esperava pelos arco-íris. Nem toda vez se mostravam pra mim, é bem verdade, essas coisas não se vem tão de graça. É preciso provar pré-disposição.

Hoje não chove, tampouco molha. As nuvens pairam em seus devidos lugares, mas eu ainda insisto em esperar por mais um arco vermelho-violeta. Hei de conquistar seus potes-de-ouro!




segunda-feira, 11 de março de 2013

Feito os jesus de azulejo do banheiro da minha vó, nada mais me confundia tanto. Era ele.