Alguns sentimentos não são tão raros de vir à tona, mas, para isso, estão à mercê de três circunstâncias:
1) perder a fé na humanidade
e/ou 2) perder a fé em si mesmo
e/ou 3) perder-se.
Quando acontecida a perda, o espírito se rende ao calor do sofá, ao aprisionamento debaixo das cobertas e logo pendura um aviso na porta do quarto, "hoje não estou".
Os sintomas em geral se apresentam em torno de uma vontade: fugir, ou, ao plebeu, enfiar a cabeça num buraco. E nunca, é preciso destacar, nunca há buraco profundo o suficiente. Não há café, bloco de rua ou comédia-pastelão que levante, não cabe aí o poder. O que cai é muito mais que uma lágrima descrente, é lágrima decepcionada. E que me perdoem os ateus!
Os sintomas em geral se apresentam em torno de uma vontade: fugir, ou, ao plebeu, enfiar a cabeça num buraco. E nunca, é preciso destacar, nunca há buraco profundo o suficiente. Não há café, bloco de rua ou comédia-pastelão que levante, não cabe aí o poder. O que cai é muito mais que uma lágrima descrente, é lágrima decepcionada. E que me perdoem os ateus!
Resta, assim, esperar pelo tempo que, de súbito, bate à porta. De certo vem com o lembrete de que tem consigo uma espécie de remédio que arrume toda a parafernália espiritual. Uma hora há de fazer efeito!
E, é bem verdade, o que se perdeu nunca será recuperado, mas ao seu lugar nasce o novo: mais firme, mais forte.
primeiro pensei que fosse um texto niilista...
ResponderExcluirdepois vi que era um texto sobre a redenção !!