segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Balões

Balões. Eu quero futucá-los até que estourem. Ou até que decidam estourar. Eu quero saber o que trazem. Pode ser que só carreguem ar por dentro, mas podem trazer alguma surpresa. Só sabe-se ao certo quando explodem. Mas todos explodem no final. Não sei o porquê desse medo de voar lá no alto.
Balões. Eu quero futucá-los e chacoalhá-los até que eles mesmo decidam voar mais longe. Uma pena se acharem tão vazios. Se eles mesmo não acreditam que carregam algo, então qual é o sentido de carregar o vazio, qual é o sentido de explodirem no final? Talvez não haja mesmo sentido. Talvez haja só a emoção do ato, do vôo.
Os balões realmente vazios muitas vezes crêem que carregam alguma coisa de valor, e por isso só voam por perto, enquanto os balões que carregam algo o fazem por o terem conseguido voando longe.
Alto ou baixo, vazios ou não, que voem! Que vão até aquilo que os merecem!
E que, finalmente, explodam!

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