Estou fazendo uma cria de olheiras
Pra vender
Estou adubando com café
Pra crescer
E não importa
Quanto tempo passe
Nem quantos tantos calmantes
Ou chás de camolila
De qualquer erva que você me traga
E me assopra
De qualquer baseado bolado
Por suas mãos
Eu não vou dormir
Hoje não
sábado, 27 de dezembro de 2014
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Não que eu me considere assim tão desinteligente - talvez eu até tenha uma certa facilidade em seguir ou decifrar sequências, lógicas, quiça segredos.
Mas há vezes, e cada vez mais frequentes, em que se me complica firmar certos raciocínios.
No caso de que sejam os meus próprios.
No caso de que sejam expostos em voz alta.
Tenho é medo, que tortura!
Mas e a essa altura meu ego não haveria de estar consolidado o mínimo suficiente para impor-se a tais barreiras? Do medo de estar errada, de se colocar de frente à própria ignorância?
- Afundo-me em outros buracos.
Minha chuva não molha. -
Veja que, enquanto pretendo refletir parte do que me foi proporcionado e transformado em experiências, sou tomada por uma neblina.
Ela se densifica conforme o humor.
Chove.
Nada está claro.
Atiro-me ao limbo, pois.
é claro que nem tudo está perdido,
há coisas muito certas nessa vida.
Mas há vezes, e cada vez mais frequentes, em que se me complica firmar certos raciocínios.
No caso de que sejam os meus próprios.
No caso de que sejam expostos em voz alta.
Tenho é medo, que tortura!
Mas e a essa altura meu ego não haveria de estar consolidado o mínimo suficiente para impor-se a tais barreiras? Do medo de estar errada, de se colocar de frente à própria ignorância?
- Afundo-me em outros buracos.
Minha chuva não molha. -
Veja que, enquanto pretendo refletir parte do que me foi proporcionado e transformado em experiências, sou tomada por uma neblina.
Ela se densifica conforme o humor.
Chove.
Nada está claro.
Atiro-me ao limbo, pois.
é claro que nem tudo está perdido,
há coisas muito certas nessa vida.
Mas eu só tenho minha confusão a lhe oferecer.
Não espere por mim...
Não espere por mim...
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem
Quem sou? um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo...um canto de paisagem
Ou apenas cenário! Um vaivém
Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem sou?Sei lá! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!...
Sou um verme que um dia quis ser astro...
Uma estátua truncada de alabastro...
Uma chaga sangrenta do Senhor...
Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados,
Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador...
Florbela Espanca
Quem sou? um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo...um canto de paisagem
Ou apenas cenário! Um vaivém
Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem sou?Sei lá! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!...
Sou um verme que um dia quis ser astro...
Uma estátua truncada de alabastro...
Uma chaga sangrenta do Senhor...
Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados,
Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador...
Florbela Espanca
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
Áries
Certas coisas não se explicam, não se tocam, não se cantam
Não se desenham nem se desdenham
E muito menos se cortejam
Não se deslizam, não se prendem
Não se repreendem adentro
Certas coisas apenas se choram
Ou talvez por conta do meu sol em aries
Com lua em libra
Não se desenham nem se desdenham
E muito menos se cortejam
Não se deslizam, não se prendem
Não se repreendem adentro
Certas coisas apenas se choram
Ou talvez por conta do meu sol em aries
Com lua em libra
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Não sobrou tempo pra solidão, ele não demorou muito pra chegar.
Em um infinito de possibilidades, fomos gerados através da mesma fórmula, mas reagimos diferente, exalamos diferente. Tão notável divergência, e, que curioso, tão harmônica.
Veja que viemos de um mesmo par de metades, metades essas geradas a partir de outras, também vindas de outras, e de outras, e a gente acreditava - de maneiras distintas - que esse ciclo não tinha começo nem fim. Só meios, metades. E a gente achava esse ciclo tão bonito que tudo o que a gente mais quis foi participar. Desatar-nos, juntar-nos a outras metades, reuni-las em inteiros conjuntos complexos... Conjuntos de meios complexos...
A gente não falava muito, mas ria das mesmas coisas - que significativa interseção é o senso de humor!
A gente esperava pelo nascer do sol, e ria do nosso suposto ateísmo, lacrimosos.
Luz e combustível, cores confundidas, ardiam os olhos e mais ainda os corações.
Hoje ele deu um grande passo em prol de sua grande participação nesse ciclo.
Voe longe, irmão. Veja. Veja, mas volte pra me mostrar.
Em um infinito de possibilidades, fomos gerados através da mesma fórmula, mas reagimos diferente, exalamos diferente. Tão notável divergência, e, que curioso, tão harmônica.
Veja que viemos de um mesmo par de metades, metades essas geradas a partir de outras, também vindas de outras, e de outras, e a gente acreditava - de maneiras distintas - que esse ciclo não tinha começo nem fim. Só meios, metades. E a gente achava esse ciclo tão bonito que tudo o que a gente mais quis foi participar. Desatar-nos, juntar-nos a outras metades, reuni-las em inteiros conjuntos complexos... Conjuntos de meios complexos...
A gente não falava muito, mas ria das mesmas coisas - que significativa interseção é o senso de humor!
A gente esperava pelo nascer do sol, e ria do nosso suposto ateísmo, lacrimosos.
Luz e combustível, cores confundidas, ardiam os olhos e mais ainda os corações.
Hoje ele deu um grande passo em prol de sua grande participação nesse ciclo.
Voe longe, irmão. Veja. Veja, mas volte pra me mostrar.
terça-feira, 15 de julho de 2014
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
aos 15
Será que eu troquei toda a ordem?
Ou que certos e errados já não importem?
Mas é que me disseram:
- No fim, o resultado não se alteraria
Ai, vai saber como seria!
Se eu tivesse decidido concordar com tudo
É que eu já me sinto tão velha
Mas não muito sábia
É que meu coração anda tão pesado
E eu me entregando a tantas noites em claro
E a lua não dá muita atenção aos meus ses e poréns
É que eu já me sinto tão cansada
E usada, abusada
Por mim mesma
Por minhas provas
De não-quero-provar-nada
De não-quero-provar-nada
É que me disseram:
- Você está só no começo
16/12/11
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